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História da Viola

História da Viola

A origem do instrumento

A viola é, com certeza, um dos instrumentos musicais mais antigos do mundo, com algumas interpretações acreditando que ela deriva da “lira de oito cordas” muito comum entre os semitas, o antigo povo nômade do deserto da Arábia. Esta, por sua vez, uma “versão portátil” da harpa egípcia (à direita).

Fortalecendo essa versão, o livro de Werner Keller – “E a bíblia tinha razão” – (Melhoramentos – 1995) relata que “alguns dos salmos de Davi eram acompanhados por este instrumento, segundo diz a bíblia originalmente no princípio dos salmos seis e 12: ‘para ser cantado com instrumento de oito cordas’”.

Nele consta que, “quando em 1890 o inglês Percy A. Newberry descobriu, junto ao Rio Nilo, o túmulo do príncipe egípcio Chnum-Hotep (1.900 a.C.), descobriu na parede pinturas magníficas”.

Uma delas retratava uma família semita dos tempos dos patriarcas bíblicos, onde se vê claramente um homem tocando a “lira de oito cordas”.

Através dos tempos este instrumento foi evoluindo, ganhando caixas de ressonância (à esquerda, lira em casco de tartaruga) e novos formatos, surgindo seus derivados, com destaque para o alaúde árabe (al-ud),, sendo que o alaúde mais antigo, usado pelos árabes e egípcios, tinha o braço mais comprido e era também chamado de guitarra mourisca.

A partir de 711, com a invasão da Espanha pelos mouros, toda a península ibérica passou a sofrer a influência muçulmana e, consequentemente, estes instrumentos típicos passaram a fazer parte da cultura regional.

Deles surgiria, com o passar dos séculos, o alaúde de hoje, de braço menor (nas imagens, alaúde renascentista).

Cerca de 300 anos depois, surgiu um instrumento de quatro pares de cordas, chamado guitarra latina ou guitarra renascentista, de onde por sua vez derivaram (Espanha, cerca de 1300) a guitarra barroca, com cinco pares de cordas e a vihuela, com seis pares de cordas.

Em 1350 aproximadamente estes instrumentos foram introduzidos em Portugal com o nome de viola (aportuguesamento de vihuela). Rossini Tavares de Lima, no seu livro Moda de Viola – Poesia de circunstância –, nos oferece importantes subsídios para a história da viola, de onde destacamos alguns trechos: “O nome viola já aparece no poema de Alexandre, do século XIII, como instrumento musical de trovador. A viola brasileira, porém, relaciona-se mais diretamente a um instrumento difundido na Península Ibérica, na segunda trintena do século XVI, a viela ou viola de mão. Muitas obras foram escritas e editadas para esse instrumento, conhecido, na Espanha, por vihuela, mas a maior parte se perdeu.

Até nós apenas chegaram edições feitas em Valladolid, Sevilla, Salamanca, Valencia, que incluem trechos de difícil execução, o que prova a existência, na época, de uma florescente escola de viola.

Mencionem-se as obras: de Luis de Milan, de 1535, dedicada a D.João, rei de Portugal; de Luis de Narbáez, do cônego Alonso de Mudarra, respectivamente, de 1538 e 1546, com coleções de pavanas, galhardas, vilancicos e fantasias polifônicas em várias tonalidades; transcrições de motetes e outras páginas de Guerrero, Morales, Sepulveda, Joaquin des Prés, Gombert, Willaert.

A viola possuía, então, seis cordas, ou seis ordens de cordas, porque eram duplas, chamadas primeira, segunda, terceira, quarta, quinta e sexta. A afinação natural era sol3, ré3, fá2, dó2 e sol1.

Ela tinha características de instrumento aristocrático e sua execução exigia muita perícia. Por isso, talvez, houvesse perdido terreno para a guitarra ou violão.”

“Registra Eduardo Torner, no prefácio da Colleccíon de Vihuelistas Espanõles del Siglo XVI, que havia violas de vários formatos; esclarece que era impossível executar na guitarra, pelo pequeno número de cordas, as composições polifônicas a quatro e cinco vozes, escritas para viola.

Naquele tempo, a guitarra, futuro violão nosso, era instrumento de populacho, mas os sucessivos aperfeiçoamentos que recebeu levaram-na a competir com a viola, acabando por se confundir com ela, no século XVII. Continuou, porém, a se chamar guitarra; apenas no Brasil denominando-se violão, para distinguí-la da viola: violão seria a viola de seis cordas simples.

A viola tinha características de instrumento aristocrático e sua execução exigia muita perícia.

Por isso, talvez, houvesse perdido terreno para a guitarra ou violão; mas a obra de João Carlos Amat, Guitarra Espanõla y Vandola em dos Maneras de Guitarra, Castellana e Catalana de Cinco Ordenes com uma primeira edição em 1569 e a última em 1758, a ela se refere, designando-a guitarra catalã de cinco ordens.

Semelhante à viola brasileira é o instrumento intitulado cythara hispânica, cujo desenho (à esquerda) se encontra no livro Musurgia Universalis, publicado pelo jesuíta Atanasio Kircher, em Roma, no ano de 1650. Tinha cinco cordas duplas, dez cravelhas e sua forma foi usual até o século XVII. Depois passou a ter onze cordas e doze cravelhas, com duas ordens de cordas triplas. Em Portugal, na forma da cythara hispânica do padre Kircher, era chamada viola.”“.

“Em Portugal, desde o século XV, a viola era instrumento bastante conhecido. Em 1459 os procuradores dos Concelhos queixavam-se delas às cortes de Lisboa, dizendo” ajuntam-se dez homens e levam uma viola, e enquanto tangem e cantam, os outros escalam as casas e roubam os homens de suas fazendas “. El-Rei então, determinou que” se alguém fosse achado com viola pela cidade, vila ou lugar, depois das nove da noite até o amanhecer, desde que não houvesse festas, fosse preso e perdesse a viola, as armas e vestidos que trouxesse “.

Muitos outros assentamentos oficiais e de escritores referem-se á viola, guitarra espanhola de cinco ordens de cordas ou cordas duplas (à direita), que se relacionava á guitarra mourisca medieval e que era chamada pelos franceses guitère ou guiterne”.

A viola no Brasil

Trazida pelos portugueses (à direita, viola braguesa), a viola se difundiu principalmente através dos jesuítas, que a usavam nas suas catequeses, cuja pedagogia utilizava muita música e dança nas suas missas, sendo a viola utilizada durante o coro e nas músicas cantadas pelos índios.

Dessa prática, reforçando e adaptando danças como catira e cateretê, que surgiu o uso da viola nas festas religiosas, como Santa Cruz, São Gonçalo, São João e posteriormente, nas Folias de Reis.

Espalhadas pelos tropeiros através dos caminhos sertão adentro, nos pousos e ranchos, embriões de futuras vilas e cidades, a viola foi adotada pelo caipira, o homem do mato, que a fazia rudimentar, para ter algo para distraí-lo na solidão dos grotões.

Sobre isso, registramos aqui mais um relato do historiador Alceu Maynard Araujo:
“Trago para estas páginas o testemunho insuspeito de meu avô materno, Virgílio Maynard, tropeiro, que dos 12 aos 60 anos anos de idade, isto é, desde 1870, palmilhou as ínvias estradas do Rio Grande do Sul a São Paulo.

Contava que nunca vira seus peões e camaradas viajarem sem sua viola, quase sempre conduzida dentro de um saco, amarrada à garupa de seu animal vaqueano. Não havia pouso que após o trabalho azafamado do dia, não tocassem antes de dormir o sono reparador. Quando a zona era infestada por animais ferozes e havia necessidade de dormir com o fogo aceso noite a dentro, o violeiro, no interregno de lançar achas ao braseiro, plangia sua viola dolentemente.”

Nos séculos seguintes ela se transformou na viola caipira, que se tornou essencialmente rural com o advento do violão (c.1800), que pela sua maior identificação com a população (já vinha com um método de aprendizado), virou um instrumento urbano, enriquecendo os saraus e serenatas que se tornaram tradicionais.

Enquanto isso a viola continuava popular no interior, com seus ensinamentos passados de pai pra filho e, por isso, fortalecendo essa tradição cultural, passando a viola a ser identificada com o meio rural, com a roça, com os caipiras e capiaus, principalmente nas regiões rurais de São Paulo e Minas Gerais.

Nas festas junina e nas quermesses, a viola fincava presença como principal instrumento de animação, tendo sobretudo na Folia de Reis o seu maior baluarte e mecanismo de divulgação.

Foi a partir de 1929, através principalmente de Cornélio Pires, que organizou uma autêntica “turma de caipiras” difundindo a música caipira através do rádio e das primeiras gravações do gênero em disco, que a viola caipira ganhou seu espaço na cultura brasileira.

Sua evolução seguia o ritmo da aceitação da música caipira dentre o novo público interessado, o morador da zona urbana, das cidades, que ainda conservava algum traço cultural de sua origem rural.

Entretanto, os próprios historiadores da música brasileira não se preocuparam jamais em descrevê-lo ou estudá-lo com profundidade. Só em 1942 e 1943, Luís Heitor Corrêa de Azevedo e depois Rossini Tavares de Lima e sua equipe, com Guerra Peixe, Kilza Setti e Marina de Andrade Marconi, investigaram com mais seriedade o instrumento (à direita, modelos de violas de Tatuí, na década de 40), que freqüenta diversas modalidades folclóricas do país: cateretê ou catira, cururu, dança de São Gonçalo, dança de Santa Cruz, etc., na região Centro-Sul; modas-de-viola, cantorias e desafios, Centro-Sul e Nordeste.

Não só freqüenta, como chega a servir para a identificação do próprio brasileiro, o que se pressente neste trecho de moda-de-viola de Nhô Laco, camarada da Fazenda Santa Margarida, em Promissão, SP:

  Agora estou resolvido
 Conhecê o Brasil intero
 Eu hoje estou em São Paulo
 Mas vou pro Rio de Janeiro;
 Depois que estive no Rio
 Sigo para o estrangeiro:
 Eu levo minha viola
 Pra mostrá o que é um brasilêro. 

O violeiro quer tanto bem à sua viola, que desejaria ser enterrado em caixão que tivesse sua forma. É o que dizem estes versos de um cantador nordestino:

 Sou Cantor. Na hora extrema
 Peço esta última esmola
 -Que o meu caixão seja feito
 Em forma de uma viola 

Por vezes a poesia a descreve nas suas diferentes partes, como na moda de um folgazão de Caçapava:

  Tenho minha violinha
 Feita de toda madeira,
 Paiêta de goiabeira
 Cravelha de caneleira,
 O braço é feito de cedro,
 As costas de perobeira,
 A frente é feita de pinho
 Pontos de metal palmeira. 

A viola oferece-lhe os melhores momentos da vida, conforme afirmava o cantador nordestino Joaquim de Mello:

Quando pego na viola
Nesta viola querida,
Eu me sinto em outro mundo,
Numa existência florida:
Vão-se todas as tristezas
Todas as mágoas da vida.

Com ela, o modinheiro paulista de Piracicaba chega ao céu:

 Viola, minha viola,
 Cavalete de Marfim. 
  Nos braços de minha viola
 Vou ao céu e torno a vim. 

Nessa evolução alcançada pela viola no Brasil, encontramos cinco tipos distintos de violas de cordas de aço: a paulista, a goiana, a cuiabana, a angrense e a nordestina, regiões onde a viola persiste.

Em virtude de sua grande difusão pelo Brasil, hoje há numerosas indústrias de instrumentos musicais, que se destinam à fabricação da viola. Mas continuava a existir a produção artesanal folclórica até em vários pontos do Estado de São Paulo, na década de 70.”“.

OS ARTESÃOS DA VIOLA CAIPIRA

Espalhadas pelos rincões paulistas, mineiros e mato-grossenses principalmente pelos tropeiros, as violas que chegavam de Portugal passaram a ser copiadas rusticamente pelos sertanejos, que faziam réplicas a faca e canivete, surgindo então as violas de cabaça, de coité, de cocho, dentre tantas variações que surgiram, com cravelhas de madeira e cordas de tripas de animais, adaptadas de acordo com as condições existentes.

Por cerca de três séculos, não tiveram muita variação quanto à sua forma original, sendo que, posteriormente, as cordas das violas passaram a ser metálicas e vinham em carretéis, ocasião em que os artesãos e fabricantes iniciais mediam o tamanho da corda que precisavam e as partiam, aquecendo o metal.

Uma das primeiras fábricas de violas a surgir e que logo alcançou grande fama surgiu no interior de Minas Gerais, na cidade de Queluz, hoje Conselheiro Lafaeite, comandada pelas famílias Meirelles e Salgado, em meados do século 18.

A viola de Queluz virou uma referência, feita de pinho, leve, 10 cordas de aço, trastes no bojo e cravelhas de madeira. Aproveitando o momento, vale lembrar que “meu pinho” passou a indicar tanto viola quanto violão, este já na cidade, porque naquela época, nas paragens interioranas, a viola e outros instrumentos (rebeca e depois violão) eram feitas com as tábuas de pinho que vinham nas caixas de bacalhau importado, na ocasião um dos alimentos mais baratos e mais consumidos- pela durabilidade no tempo de conservação- de suma importância para os moradores daqueles “cafundós”.

A partir do século 20, começaram a surgir as primeiras fábricas de violas, produzindo em série, o que fez baratear o instrumento e reduzir a fabricação até então artesanal.

A partir daí a estrutura do instrumento começou a mudar, surgindo cravelhas de metal e com os trastos chegando até a boca da viola.

Nessa ocasião a viola era essencialmente rural, enquanto o violão reinava nas áreas urbanas.

Com o surgimento das primeiras duplas a divulgar a música caipira via disco e rádio, a partir de 1929 (principalmente a partir de “Jorginho do Sertão”, uma moda de viola, a primeira música caipira gravada), surgiu então o “casal” que daria base às cantorias, a viola e o violão.

Dentro da discussão de quem veio primeiro, ganha a viola, inclusive com historiadores lembrando que violão é aumentativo de viola, o que pressupõe que esta surgiu antes.

Dentre os fabricantes históricos da viola, vale lembrar também aqui Bernardino Vieira Marques, que em sua fazenda Córrego da Figueira, em Campo Triste (hoje Itajobi, perto de São José do Rio Preto, SP), montou uma das primeiras fábricas de viola, da marca Xadrez. Essa viola ganhou ressonância através principalmente dos filhos do fabricante, Rubens Marques e Rubião Vieira, que se tornariam uma das mais importantes duplas caipiras do país, Vieira e Vieirinha, os grandes divulgadores da catira e responsáveis pelo seu lançamento em disco.
Foi a primeira dupla a cantar e gravar com os próprios instrumentos.

Por sinal, parece que a viola xadrez encantou muita gente, pois além da dupla seus sobrinhos Zico e Zeca e Liu e Léo viriam a ser também grandes nomes do cancioneiro caipira.
Com as mudanças introduzidas na construção da viola, ela deixou de ser meramente um suporte para as duplas, pois novos métodos de execução possibilitaram que ela passasse a ser um também um instrumento de solo.

De violeiros matutos como Zé Côco do Riachão, no norte de Minas, a Tião Carreiro e Renato Andrade em São Paulo, passaram a surgir violeiros que se tornaram grandes instrumentistas da viola.
O nome mais forte da viola caipira é o de Tião Carreiro (José Dias Nunes, 13/12/34-15/10/93), que além de violeiro, era compositor e grande intérprete, com sua inconfundível voz grave.
Antes de Tião Carreiro a viola acompanhava o violão nos outros ritmos sem se destacar, a não ser em arranjos simples em cateretês e cururus.

Tião Carreiro criou então o “pagode”, modalidade de ritmo que exige grande habilidade na execução dos arranjos, com solos de viola na introdução da música e repetidos nos intervalos dos versos.

A viola passou então a ser tocada em batidos: o violeiro acompanha a melodia, durante a cantiga, fazendo a viola “conversar” em dueto e em oitavas com o intérprete.
Já com Renato Andrade (28/08/32-30/12/2005), a viola ganhou um tempero erudito, mas sem perder o sabor caipira.

Exímio instrumentista, um dos melhores violeiros que já existiu (muitos o consideram o melhor), com Renato Andrade a viola caipira correu o mundo, passando a freqüentar em verdadeiro recital os palácios, teatros e palcos, abrindo caminho para outros grandes solistas que vieram no seu rastro.

A partir de 1980, se somando aos artesãos da viola surgiram os “Luthiers”, que vieram a dar uma conotação nobre à fabricação artesanal da viola, que passou a ser mais requintada, apesar de manter a estrutura física original.

Novas madeiras foram introduzidas, como jacarandá, ébano, mosaicos e desenhos no tampo, dentre outras modificações ao gosto do freguês. Hoje essa tradição é enriquecida pelo grande número de violeiros da nova geração que se tornaram artesãos da viola, como Levi Ramiro, Braz da Viola, Luciano Queiroz, dentre outros.

A viola caipira busca sua imortalidade, através do chamado de violeiros veteranos como Renato Andrade, Tião Carreiro, Bambico, Helena Meirelles, Gedeão da Viola, com o respaldo teimoso de gente da nova geração como Júlio Santin, Levi Ramiro, Zeca Collares, Ivan Vilela, Fernando Deghi, dentre tantos que surgem, mostrando através da sua arte que a viola caipira, um dos mais belos instrumentos musicais e a que mais se identifica com a alma brasileira, ainda tem muito a mostrar e que chegou para ficar.

A lenda da viola e o diabo

Sobre os mitos que envolvem a viola caipira, Rossini Tavares de Lima nos deixa outro interessante registro:

“Há, estórias, também, que contam que o Diabo pode ensinar o interessado a tocar viola. Recolhemos uma destas estórias em Cabelo Gordo, município de São Sebastião, da boca de João Alfaia. Segundo narrava, o tocador que não sabe tocar direito espera chegar a Sexta-feira da Paixão. Nesse dia, compra uma viola que ainda não foi usada. A seguir, a encordoa e a coloca em uma encruzilhada, permanecendo nas proximidades. Lá pela meia noite, um homem aproxima-se do instrumento, toma-o nas mãos e afina-o, deixando que nem um sino, dizia João Alfaia. Toca e canta, então, toda espécie de música e vendo ali o candidato a violeiro arremete-se contra ele. Há uma briga feia, que o violeiro deve suportar com valentia e heroísmo. Afinal, antes do galo cantar pela primeira vez, o homem, que não é outro senão o próprio diabo, larga a viola e vai-se embora. E o violeiro que tocava mal-e-mal transforma-se em um dos melhores folgazões da região, um instrumentista de primeira, pois aprendeu a tocar com o Diabo”.

Pesquisa: Clube Amigos da Viola, Presidente Prudente, SP.

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