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Como forma de resistência e de perpetuar a tradição oral, 2º Festival Caipira do Pontal ocorre em Teodoro Sampaio
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Feira da Cachaça

Feira da Cachaça

Como todo bom entendedor sabe, viola e cachaça andam juntas, que o digam as várias modas que imortalizam esse relacionamento, como “Moda da Pinga”, “Não beba mais Não”, dentre outras com “tema etílico”.

Renato de Jesus Souza Silva, editor desse site, é mineiro de Burarama, hoje Capitão Enéas, região de Montes Claros, com o reforço do fato de sua mãe ter nascido em Salinas, Capital Mundial da Cachaça, o que provocou, mesmo sem querer (tá na veia), legar ao filho o gosto por esse “santo remédio de quase todos os males”. Dentro da 1ª. Feira Regional Caipira em 2004, durante o 4º Encontro de e Cantadores de Irapuru, foi aberto um espaço para divulgar a cachaça, principalmente a mineira (a melhor do mundo), sendo que o pessoal da cachaça TABUA, contatado na época, foi muito legal e enviou alguns exemplares dos tipos Prata e Ouro, que fizeram muito sucesso, principalmente entre os violeiros, que depois de admirar as bonitas e modernas garrafas de exportação, ainda puderam saborear seu conteúdo no final do evento.

Foi o embrião de uma Feira da Cachaça que ainda buscamos adotar durante o evento, que virou em 2005 o Caipirapuru, melhor festa caipira do Oeste Paulista, fechando já 20 anos de promoção e salvaguarda da cultura caipira. Desde já, estamos convidando e abrindo espaço para os nossos alambiques e destilarias locais e regionais, bem como demais representações, para que possamos divulgar “a mais autêntica bebida brasileira”.

Falando nisso, para quem ainda não conhece, aqui vai a “Oração do Pau D’agua”, que com certeza deve ter sido escrita por alguém muito devoto da “água que passarinho não bebe”.

Dentro do seu livro cordel “A história do caipira – de Jeca Tatu aos Sem-Terras”, o Renato de Jesus na pele do escritor e cordelista JESUS DE BURARAMA também fala do assunto:

  A CANA E SUA FILHA CACHAÇA  

 Uma época bem bacana
 Foi quando surgiu a cana
 Foi chegando de mansinho
 Mas logo se espalhou
 Pois todo mundo plantou
 Tinham lá seu bocadinho
 Uma moenda manual
 Logo surgiu por sinal
 Montada por um vizinho 
 A cana veio pro Brasil
 Pela riqueza febril
 Que o açúcar prometia
 Mas lá naquele sertão
 Ela deu a produção
 Que o caipira mais sabia
 Mais fácil naquela altura
 Garapa pra rapadura
 Era o que ele fazia 
 Garapa virava melado
 Que conforme seu estado
 Dava rapadura e batida
 Dentro dum cocho de madeira
 O ponto vinha da maneira
 Que a massa era mexida 
  Usadas como adoçantes
 Garantiam num instante
 Um melhor sabor da vida 
  Já o açúcar mascavo
 Desde o tempo dos escravos
 Era simples sua receita
 Do melado mais amargo
 De secar tinha o encargo
 Pra sair coisa perfeita
 Depois com tudo moído
 O açúcar era obtido
 Podiam usar sem carêta 
  Tradição daquela gente
 Também faziam aguardente
 Da garapa destilada
 Servia pras noites frias
 Ou pra animar as folias
 Até pra remédio era usada
 Ofertada pras visitas
 A nossa pinga ou birita
 Sempre foi muito tomada 
 Dizem que o nome cachaça
 Vem da palavra cagaça
 O vinho azedo de cana
 Que já perto do estrago
 Era dado aos escravos
 Nas senzalas e nas cabanas
 Quando alguém aprendeu usar
 Um alambique pra destilar
 Virou uma coisa bacana 
 De barro era o alambique
 Que depois ficou mais chique
 Passaram a fazer de cobre
 Com o nome de aguardente
 A bebida de repente
 Interessou até aos nobres
 Virou bebida nacional
 Era tomada por igual
 Pelo rico e pelo pobre 

A CACHAÇA “VELHO ÍNDIO”

Um grande parceiro das nossas festas caipiras que virou um cachaceiro (fabricante de cachaça), foi nosso amigo Índio Tinta, de Presidente Prudente, SP, com sua cachaça especial “Velho Índio”, de saber diferente, pois feita com o coração e o espírito de gente ligado à natureza.

Toda artesanal e preparada com mais de 40 ervas especiais, dentro dum ritual que diz respeito às próprias raízes ancestrais do Velho Índio, é uma cachaça que se revelou atraente principalmente para as mulheres, pois uma hora na geladeira a torna mais encorpada, quase um licor, revelando o seu sabor peculiar.

Contato: (18) 99612-3562

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